PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E A TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS: A FUNÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA INTERFACE ENTRE DIREITO PENAL MÍNIMO E MÁXIMO

Autores

  • Larissa Guimarães Gonçalves Galati

Palavras-chave:

Princípio da Insignificância, Reincidente, Intervenção Mínima, Teoria das Janelas Quebradas, Criminalidade

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a atuação do Judiciário e do Ministério Público no cotejo entre o princípio da intervenção mínima e a efetividade da norma penal, inserida num contexto utilitarista moderno, no qual a necessidade de eficiência da máquina judiciária busca equilibrar-se com o premente combate à violência. Destarte, embora o Princípio da Insignificância seja reconhecido doutrinária e jurisprudencialmente, a identificação dos requisitos objetivos e subjetivos aptos a ensejar sua aplicação guarda certo grau de discricionariedade, o que vem a configurar uma problemática ante a necessidade de uniformização interpretativa e conciliatória entre esse e outros maxi princípios do Direito Penal como o da Intervenção Mínima, Fragmentariedade, Lesividade, Adequação Social e Legalidade. Faz-se imperiosa a reflexão acerca de tal dicotomia, considerando-se a realidade brasileira, da qual emerge a questão da aplicação do princípio da insignificância, mormente ao acusado reincidente, bem como da ressignificação do papel do Estado na prevenção do delito, o qual, afastando-se cada vez mais do Leviatã, avista um novo modelo de pacto social em que há a legitimação da lei pelo seu próprio infrator, também cidadão, na busca incansável pela tão almejada paz  social.

Biografia do Autor

Larissa Guimarães Gonçalves Galati

Agente Técnico Jurídico do Ministério Público do Estado do Amazonas – MP/AM.
Pós-Graduada em Ciências Criminais pela Universidade Anhanguera/LFG – UNIDERP.
Aluna especial do Curso de Mestrado em Segurança Pública, Direitos Humanos e do Cidadão na Universidade do Estado do Amazonas – UEA.

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Publicado

2024-03-13

Como Citar

Galati, L. G. G. (2024). PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E A TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS: A FUNÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA INTERFACE ENTRE DIREITO PENAL MÍNIMO E MÁXIMO. Revista Jurídica Do Ministério Público Do Amazonas, 18(1), 42–57. Recuperado de https://revistajuridica.mpam.mp.br/index.php/rjmpam/article/view/3

Edição

Seção

Artigos